7.12.10

Antiguidades...

Abro as asas,
tento voar!
embato nas grades
que me estão a aprisionar...

Tento viver,
sobreviver e quero sair.
Corro incessante naquele vazio
que não paro de sentir.

Gostava de ser como o vento...
Vaguear por ai sem destino.
Quebrar este meu tormento,
o meu desejo clandestino...

Mantendo a cabeça alta,
olhando sempre, mirando o céu...
Procuro dentro de mim
Aquilo que sempre foi meu!

Dor...
eis o que sentimos ao sofrer.
eis o que sinto quando perco
o que não poderei reaver ...

Beijos teus...
Aquelas gotas de ternura.
Palavras doces
em sonhos de loucura!

O tempo que me ensina e
o meu coração que quer esquecer,
Tolo continua a desejar
toda a essência do teu ser.

Lágrimas que correm
Tintas neste mar.
sem sentido nem piedade,
Sem maneira de cessar.

Os ardentes olhares
Que me lanças ao sair...
Chamas quentes,
Incessantes de partir...

Recuso-me e não vou!
A partir sempre me negarei!
Vou tecendo as palavras cegas
em que nunca acreditei...

Afogo-me nestas palavras...
minha escrita que não tem fim
envolvo-me nos meus laços ...
Tenho pena que seja assim

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